A pressão ou tensão arterial é a força que o sangue exerce sobre a parede interna das artérias durante a sua circulação.
Essa circulação não se faz de forma contínua mas sim por impulsos que correspondem aos batimentos cardíacos. Quando os ventrículos do coração se contraem, o sangue neles contido é impelido para a circulação geral, ocorrendo nesse momento uma pressão mais elevada dentro dos vasos e que corresponde à pressão máxima ou sistólica. Quando os ventrículos se dilatam, permitindo a entrada de mais sangue no seu interior, a pressão baixa e os seus valores correspondem à pressão mínima ou diastólica.
Estes valores são normalmente lidos em milímetros de mercúrio: por exemplo uma tensão máxima de 140 corresponde à subida da coluna de mercúrio de um aparelho de medição arterial (esfigmomanómetro) até aos 140 mm. Também é por vezes utilizada a medição em cm, que é talvez mais conhecida junto do público, pelo que aquele valor será nesse caso lido como 14.
A pressão arterial não é sempre a mesma, o que significa que durante o dia se vão produzindo subidas e descidas normais, que dependem da actividade realizadas ou do estado emocional. Assim, o exercício físico, a alimentação e as preocupações podem produzir uma subida temporária da pressão arterial, enquanto que o repouso e o sono produzem uma descida da pressão. Podem desenvolver-se problemas de saúde relacionados com a pressão arterial quando esta permaneça elevada ao longo de meses, ou ainda quando os seus valores aumentam muito subitamente. No idoso, ainda que com a idade a tensão arterial tenha tendência para subir, a sua elevação neste grupo etário não deve ser considerada normal.
Como se mede
A pressão arterial mede-se com um aparelho chamado esfignomanómetro. A medição da pressão arterial está hoje em dia mais facilitada, através de equipamentos automáticos, desde que estes estejam bem calibrados.
Os valores são lidos em milímetros de mercúrio (mm/Hg), por exempo: 140/80, quer dizer que a tensão máxima é de 140mm/Hg, e a mínima de 70. Por vezes usa-se a denominação em centímetros: neste caso seria 14/7.
Cuidados a ter antes de medir a pressão arterial
• Deve descansar pelo menos durante 5 minutos na posição sentado/a
• Utilize o mesmo aparelho
• Meça sempre no mesmo braço
Meça regularmente, uma vez por semana ou quinzenalmente, preferencialmente de manhã ou antes de iniciar a sua actividade diária e registe sempre os valores de pressão arterial.
Valores de referência
Segundo a Organização Mundial de Saúde, considera-se que existe hipertensão arterial quando os valores da pressão arterial são iguais ou superiores a 140 e/ou 90 mmHg. Quando os valores da pressão arterial são inferiores a 140 e 90 mmHg, dizemos que o doente é normotenso ou hipotenso, se os valores forem muito baixos.
Valores de referência
Segundo a Organização Mundial de Saúde, considera-se que existe hipertensão arterial quando os valores da pressão arterial são iguais ou superiores a 140 e/ou 90 mmHg. Quando os valores da pressão arterial são inferiores a 140 e 90 mmHg, dizemos que o doente é normotenso ou hipotenso, se os valores forem muito baixos.
Definição e Classificação dos níveis de pressão
arterial (mmHg): ESH-ESC Guidelines 2003 |
Categoria |
Sistólica |
|
Diastólica |
Óptima
Normal
Normal elevada
Grau 1 (ligeira)
Grau 2 (moderada)
Grau 3 (severa)
Hipertensão sistólica isolada |
< 120
>120-129
130-139
140-159
160-179
≥ 180
≥ 140 |
e
e
ou
ou
ou
ou
ou |
< 80
80-84
85-89
90-99
100-109
≥ 110
< 90
|
Classificação da European Society of Hypertension e da European Society of Cardiology
Na Hipertensão Arterial sistémica há um distúrbio da complexa regulação da circulação, e a pressão arterial permanece, de forma consistente, acima dos valores considerados normais. Considera-se actualmente que valores de pressão arterial sustentadamente superiores a 140/90 mmHg são geralmente considerados excessivos. Cerca de 5 a 10% dos doentes hipertensos têm uma causa renal ou endócrina, que explica a sua Hipertensão Secundária. Os restantes doentes hipertensos têm Hipertensão Essencial, uma condição complexa de etiologia multifactorial. A Hipertensão é uma patologia cardiovascular muito prevalente e um factor de risco para inúmeras situações como doença coronária, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral.